terça-feira, 20 de maio de 2008

O melhor e o pior em "Duas Caras"

Ontem, 20/05, num mesmo capítulo surgiram, diante de mim, o pior e o melhor de "Duas Caras". Desde já preciso dizer que a novela mais me irrita que atrai, ao contrário de "Desejo Proibido" que, para mim, foi ouro puro. O melhor veio da parte da evolução de Ferraço nesta reta final da novela. Quando li num "site" que existia a possibilidade de Maria Paula acabar a novela com Marconi Ferraço, quase cheguei a rir de dó, minha irritação foi às alturas. E não é que agora, passado pouco tempo, Aguinaldo Silva conseguiu fazer com que a rota do personagem rumo a sua redenção soasse crível? Hoje já não parece impossível, pelo perfil e construção dos personagens, o casal acabar junto. Mérito do autor. Porém, no mesmo capítulo, surgiu também o pior da novela, que mergulha às vezes em situações totalmente absurdas, fora de qualquer realidade e coerência. Eis que surje o cavaleiro Apolo para salvar a doce Condessa (até aí, tudo bem, já que o tema é recorrente em qualquer novela), surje e... em questão de segundos, quase que os dois rolam pelo chão aos beijos e chupões. Faltou pouco; o olhar babão, a aproximação dos rostos, o arfar dos peitos fazia crer que isso passou muito perto de acontecer. Aí percebi que o ímpeto do casal afro-descendente não constava do texto, era, na verdade, um excesso do diretor na direção dos atores. E aí está, o bem e mal da novela, situações plausíveis e boas pontuadas por outras completamente absurdas, na contramão de qualquer reação humana normal. E, pelo menos na minha opinião, as segundas ganham de lavada das primeiras, depondo assim contra a coerência de "Duas Caras". Com os mesmos erros, porém em menor escala, "Senhora do Destino" foi melhor.

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